NO TRILHO DA PONTE…

                                                            

Cada vez que me proponho a escrever sobre amizades, sejam elas duradouras ou não, me vem à mente as experiências de carinho tipicamente genuínas. Modernidade a parte, onde compartilhamos palavras adornadas, modeladas a poemas, mensagens dignas de aplausos, regadas a scripts de html, efeitos e mais efeitos distribuídos em grupos de poesias.

No amor fazemos escalas. E pegamos tantos voos quanto forem necessários, mesmo que as malas sejam fardos maiores do que o nosso próprio peso. Nas amizades solidificadas, reverenciamos o dialeto de cada um. Trocamos confidencias pela íris, mesmo que não estejamos completos na pouse das fotografias.

Talvez por que atrás dos risos, refugiamos frustrações. E na pausa para o café, com os amigos, esquecemos as dores, numa visão romântica da vida. Passamos pendurando sonhos em cabides, escondidos em armários. E nesse palco de mentes brilhantes e seletos talentos, veste-se para a noite de gala, como quem descobre a felicidade, em simples gestos de partilhar abraços em fleches.

E nessa filosofia, visamos o mesmo horizonte. Onde a memória guarda aromas de poesias e coloca palavras na boca, com sabor de “quero mais”. O tempo não faz pausa e nem recua para soluções de problemas, apenas atenua com delicadeza, o carinho recíproco de verdadeiras amizades.

Muitas barreiras são quebradas, bebemos do mesmo copo, partilhamos à sobremesa, regada à calda de sinceridade. Na amizade madura, mesmo que o trilho da ponte seja estreito e de difícil acesso, as correntes de respeito mutuo e admiração nos permite sustentação e segurança. Sendo o marco fundamental da nossa história.

E assim na vida e nas relações, ora somos protagonistas, ora ouvintes atentos, Numa troca de aprendizado. Nem sempre as palavras dizem tudo que queremos um ínfimo gesto de delicadeza, contam mais do que mil letras perdidas no vento.

Águida Hettwer